Fora sempre uma boa menina. Sobrevivera à crueldade incomensurável da sua querida mãe, à morte do pai ainda em vida, tão transparente como uma folha branca, tão incapaz de a ajudar ao longo daqueles anos. Sobrevivera ao terror, que o medo há muito tempo tinha sido ultrapassado, ao demónio que aquela mulher encarnava. E depois, quando subitamente tivera a oportunidade da sua vida, trabalhara arduamente para ser alguém, mas sobretudo para poder fugir daquele inferno.
Em Nome do Filho
Luísa Castel-Branco
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