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Saverio bateu várias vezes à porta, sem obter resposta. Então rodou a maçaneta e entrou no quarto imerso na penumbra. A luz da manhã penetrava através das persianas e um raio de sol iluminava o quarto dos pais. O macio tapete francês sobre o qual avançou permitiu-lhe aproximar-se da cama sem fazer ruído.
A mãe dormia profundamente. Saverio inclinou-se sobre ela.
- Mãe - sussurrou.
Orsola encrespou por um instante os lábios mas não reagiu.
- Mãe - repetiu, com uma voz mais decidida.
Ela abriu os olhos. Saverio afagou-lhe a testa e sentou-se ao lado dela, à beira da cama.
Orsola gostaria de retomar o sono e colocar uma barreira entre ela e a realidade.
- Mamã, tens de te levantar. Já começaram a chegar as visitas - pediu-lhe, com uma voz persuasiva.
- Não me importa. Quero que me deixem em paz - balbuciou Orsola.
- Sentes-te mal outra vez? Chamo, de novo, o médico? - perguntou, preocupado, porque na noite anterior Orsola tinha desmaiado.
A Família Solignano
Sveva Casati Modignani
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