sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Livros NOVOS da nossa biblioteca

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A mãe de Mary Read tinha um problema, que era gostar imenso de rapazes. Muito pequenina já ela fugia de casa a tropeçar nos tamancos e corria para o cais do porto de Londres. Ia olhar para os meninos sempre atarefados, como homenzinhos, a fazerem coisas de gente grande. É estranho, e até difícil de acreditar, que a mãe de Mary Read não tivesse curiosidade pelo mar. Não lhe interessavam as viagens, nem as grandes naus mercantes, nem as coisas fascinantes que de lá saíam. Ela queria um rapaz, ou mais que um para ter em casa. Um dia trouxe um menino pela mão, deu-lhe uma tigela de sopa, mas assim que se sentou num banquinho ao lado dele a alisar a saia, o miúdo fugiu espavorido aos guinchos pela porta. Quando cresceu, a mãe de Mary Read tornou-se um pouco mais tímida e em vez de ficar embasbacada a olhar para os rapazes à vista de todos, escondia-se e espreitava-os de trás das sacas e dos caixotes e dos barris que atravancavam o cais. Chamava-se Jenny: E foi crescendo. Ficou uma mulher. Houve então um marinheiro que se encantou por ela e casaram e tiveram um bebé chamado Mark e depois o marinheiro fez-se ao mar e nunca mais voltou.
A Pirata
Luísa Costa Gomes

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