sexta-feira, 28 de junho de 2013

Com o fim de semana à porta...

Em Vizela

 
 Fundação Jorge Antunes

Em Braga

                                                                                              www.ponteiro.net

O Mimarte - Festival de Teatro de Braga decorre de 28 de Junho a 7 de Julho nos lugares mais emblemáticos da cidade de Braga, contando com a participação de grupos de teatro de todo o país. Podes consultar o programa AQUI.
 

Ação de Formação - Literacias, Leitura e Digital, os Desafios da Escola Atual


Tomada de posse do Diretor do Agrupamento


Um livro por dia...

                                                                                           livrolico.blogspot.com

   O helicópetro da Cruz Vermelha aterrou à hora prevista.
   Empoleirada num elevado planalto cercado de florestas, a aldeia era constituída por uma centena de habitações rudimentares, na sua maioria feitos de troncos e ramos. O local parecia perdido, intemporal, longe das zonas turísticas de Angkor ou de Phnom Pen. O ar estava saturado de humidade e a lama cobria tudo.
   O piloto considerou que não valeria a pena desligar o motor. A sua missão: transportar de volta à cidade uma equipa médica humanitária. Nada de muito complicado em circunstâncias normais. Infelizmente, estava-se em setembro e as chuvas torrenciais que caíam incessantemente dificultavam o controlo do aparelho. Quanto ao combustível, as reservas eram limitadas, mas mesmo assim suficientes para que toda a gente chegasse a bom porto.
   Desde que não houvesse contratempos...
   Dois cirurgiões, um anestesista e duas enfermeiras saíram a correr do hospital de campanha no qual trabalhavam desde a véspera. Durante as últimas semanas, tinham percorrido as aldeias das redondezsz, tratando como podiam os surtos de paludismo, de sida ou de tuberculose, cuidando dos amputados e fornecendo-lhe próteses, neste canto do país ainda semeado de minas antipessoais.
Estarás aí?
Guillaume Musso  



quinta-feira, 27 de junho de 2013

Novo horário das reuniões de Conselho de Turma

                                                                                www.adufes.org.br

5ª feira, 27 de Junho 2013
08:30 - 5ºA / 7ºF
10:00 - 8ºF
11:30 - 7ºE
14:00 - 7ºC
15:30 - 7ºD
17:00 - 6ºC / 9ºB
18:30 - 8ºA

6ª feira, 28 de Junho 2013
08:30 - 6ºA / 9ºC
10:00 - 6ºD / 9ºD
11:30 - 5ºC / 8ºC
14:00 - 6ºB / 9ºA
15:30 - 5ºD* / 9ºE
17:00 - 6ºE* / 8ºD

2ª feira, 1 de Julho 2013
08:30 - 5ºE / 7ºA
10:00 - 7ºB / 5ºB*
11:30 - 8ºE
14:00 - 5ºD / 8ºB
17:00 - Entrega das Fichas de Avaliação aos Encarregados de Educação.
* Alterações feitas hoje

ATL de Verão a decorrer na nossa biblioteca






Integrado no ATL de Verão da EB dos Enxertos, esteve presente, na nossa biblioteca, o escritor Francisco Correia. Baseando a atividade no seu livro "Histórias Contadas Com Rimas,  o escritor conversou com as crianças que tiveram muitas questões para lhe pôr.

A toque de campainha!

Ontem foi assim. Pelo facto da escola estar em obras, ficamos temporariamente sem eletricidade. Mas não há nada que não se resolva. Dado que estavam a decorrer exames, usámos uma campainha para assinalar os toques.

Um livro por dia...

                                                                                                 www.fnac.pt

   Eu sobrevivera ao Dia três Pós-Christian e ao meu primeiro dia de trabalho, uma distração bem-vinda. O tempo voou graças à confusão de caras novas, ao trabalho e a Mr. Jack Hyde, Mr. Jack Hyde...sorriu para mim com os olhos azuis a cintilar, encostando-se à minha secretária.
   - Excelente trabalho, Ana. Acho que vamos formar uma grande equipa.
   Eu consegui de alguma forma arquear os lábios para cima, numa tentativa de sorriso.
   - Se não se importa vou sair - murmurei.
   - Claro, são cinco e meia. Vemo-nos amanhã.
   - Boa noite, Jack.
   - Boa noite, Ana.
   Peguei na minha mala, vesti o casaco e encaminhei-me para a porta. Lá fora respirei fundo, enchendo os pulmões com o ar daquele princípio de noite em Seattle, mas este não me preencheu o vazio no peito, um vazio que estava presente desde sábado de manhã, como uma lembrança oca e dolorosa da minha perda. Caminhei em direcção à paragem de autocarro, de cabeça baixa, a olhar para os pés, a pensar no facto de que estava sem a minha querida Wanda, o meu velho Carocha...ou o Audi.
   Bloqueei imediatamente esse pensamento. Não, não penses nele. É claro que eu agora tinha dinheiro para comprar um carro - um belo carro novo. Suspeitava que ele fora excessivamente generoso no pagamento e a ideia deixou-me um gosto amargo na boca, mas pu-la de parte, tentando manter a mente tão entorpecida e vazui quanto possível. Não podia pensar nele, pois não queria desatar a chorar outra vez - não no meio da rua.
As Cinquenta Sombras Mais Negras
E.L. James 

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Um livro por dia...

                                                                                                  www.fnac.pt


   A jovem tinha malares altos, altos, altos. Diziam-lho. Ela mascera pobre, instruíra-se pouco, ambicionava muito. Confundia-se, baralhava-se. Malares? Molares? Malabares? Um dia foi ver ao dicionário. Maças do rosto. Olhou no espelho com atenção e achou bonito. Entendeu que lhe faziam um elogio com os malares altos, altos, altos. Passou a gostar. Do que ouvia, a si própria. Resolveu ir para modelo. Passeou os seus malares altos, altivamente, por muita revista de moda, muita passarela. Eu tenho os malares altos, dizia, aconchegando o cabelo que usava sempre puxado para trás, apanhado em complicados carrapitos a que ela aprendeu a chamar nomes estrangeiros como chignon e coque. Tudo para realçar os já alçados malares: o gesto de aconchegar o cabelo, os complicados carrapitos, os seus nomes estrangeiros. E dizia ainda eu tenho os malares altos, quando pensava  que alguém não notara tão elevados e enaltecidos ossos - ou fingia que não notava. Sobretudo raparigas da sua idade, rivais. Que lhe falavam em pernas altas e esbeltas, em cabelos loiros - coisas que ela não tinha, mas tinha as outras, rivais. Ou bustos esplendorosos. Ou andar coleante, estonteante. Lucinda não tinha muita coisa. Ou melhor, tinha tudo aceitável, médio. Espantosos mesmo, só esses malares altos - que tornavam o seu olhar um enigma, o seu porte majestoso, o seu andar indefinidamente deslizante, as suas pernas pedestais.
O Enviado
Maria Isabel Barreno 

terça-feira, 25 de junho de 2013

À boleia na Via Intermunicipal...

Encontramo-la a atravessar a V.I.M e veio connosco para a escola. Hoje, ao final do dia, vai ter um novo lar com jardim e duas crianças para tomar conta dela.

Adiamento de reuniões de Conselho de Turma

                                                                                     www.adufes.org.br
Em virtude de uma reunião de corretores, o bloco de reuniões de Conselho de Turma do 5ºC e 8ºC é transferido para o dia 27 de Junho às 17:00h.

Um livro por dia...

                                                                                    historiasdeaconchego.blogspot.com


   Era domingo. Dia de missa e de futebol. de carne ao almoço e tolerância de ponto ao acordar. Dia em que nada acontece e o sono tem mel. 
   - Hussi...São horas de levantar - gritou o pai, Abdelei, ao mesmo tempo que levava as mãos sobre os oljos para se defender da claridade.
   Hussi nem sequer pestanejou um despertar, continuou a dormir como uma pedra esquecida, ensanduichado entre os irmãos Totonito e Tuasab, a saia da mãe, a dona Geca, a aconchegar-lhe os pés, os braços de Doskas, o caçila da família, entrelaçados aos seus.. ainda só ia no terceiro sono, a meio de um sonho cor-de-rosa, deslumbrado a ver asua bicicleta voar com a elegância de uma borboleta, escoltada por duas imponentes águias reais, perseguida por um cortejo de andorinhas faladoras.
   - Vem comigo - a campainha da bicicleta falou-lhe ao ouvido
   - Para onde?
   - Não faço ideia.
   - Então porque é que queres que vá contigo?
   - Porque és o meu melhor amigo.
   - Mas preciso de saber para onde!
   - Não te basta saber que vais comigo?
   - Também...
   - E então?
   - Então o quê?
   - Vens ou não?
   - Tenho medo de cair.
   - Ora essa...quem tem asas não cai.
Comandante Hussi
Jorge Araújo
 

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Reuniões de Conselho de Turma

                                                                         
                                                                                             apee23prado.blogspot.com

2ª feira, 24 de Junho 2013
08:30 - 6ºB / 9ºA
10:00 - 5ºB / 8ºD 
11:30 - 6ºE / 9ºE
14:00 - 6ºC / 9ºB
15:30 - 6ºD / 9ºD
17:00 - 6ºA / 9ºC
3ª feira, 25 de Junho 2013
08:30 - 7ºA
10:30 - 7ºB
11:30 - 5ºC / 8ºC
14:00 - 5ºD / 8ºB
15:30 - 8ºE
17:00 - 5ºE / 8ºE
5ª feira, 27 de Junho 2013
08:30 - 5ºA / 7ºF
10:00 - 8ºF
11:30 - 7ºE
14:00 - 7ºC
15:30 - 7ºD
 

 

Um livro por dia...

                                                                                          arquivolivraria.blogspot.com

   Hoje faço 5 anos. Ontem à noite, quando fui dormir para o Guarda-Fatos, tinha 4 anos mas quando acordei na Cama às escuras, já tinha 5 anos, abracadabra. Antes disso tinha 3 e antes 1 e antes 0.
   - Eu cheguei a ser um número abaixo do 0?
   - Ãh? - a Mamã espreguiça-se demoradamente.
   - Lá no Céu. Quando tinha menos 1, menos 2, menos 3...?
   - Não, os números só começaram depois de te mandarem cá para baixo.
   - Pela Claraboia. Estavas toda triste até eu aparecer na tua barriga.
   - Isso mesmo. - A Mamã inclina-se para acender o Candeeiro que ilumina tudo de repente: vush.
   Fecho os olhos mesmo a tempo, depois abro um só um pouquinho e depois o outro.
   - Chorei até já não ter lágrimas - conta-me. - Ficava aqui deitada a contar os segundos.
   - Quantos segundos? - perguntei-lhe.
   - Milhões e milhões.
   - Não, a sério, quantos ao certo?
   - Perdi a conta - diz a Mamã.
   - Depois pediste muito ao ovinho até que começaste a ficar gordinha.
    A Mamã sorri de orelha a orelha.
   - Sentia-te dar pontapés.
   - E eu dava pontaoés no quê?
   - Em mim, está claro.
   Rio-me sempre nesta parte.
   O Quarto de Jack
   Emma Donoghue
 

Ação de Formação - Literacias, Leitura e Digital. Os Desafios da Escola Atual


Calendário de Exames

                                                                                             becristorres.blogspot.com

A Prova Final de Matemática 2013 - 6ºAno - realizar-se-á na 4ª feira, 26 de Junho pelas 09:30 e a Prova Final de Matemática 2013 - 9ºAno - realizar-se-á no mesmo dia às 14:00.

domingo, 23 de junho de 2013

Oh Lua...!


Casta Deusa,
que prateias
Estes sagrados, antigos
ramos
A nós volta o belo semblante
Sem névoa e sem véu
Acalma oh Deusa
os corações ardentes
Acalma também
o zelo audaz
Espalha sobre a Terra
Aquela paz
  que tu fazes reinar 
no céu
 
"Norma"
de Vicenzo Bellini
voz de Maria Callas

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Com o fim de semana à porta...

                                                                              


 Sábado, 22 de Junho, pelas 21:00 horas na Casa das Colectividades

"Em Dezembro de 1961, o Estado Português da Índia (composto pelos territórios de Goa, Damão e Diu) foi invadido e anexado pela União Indiana. Face à desproporção das forças em presença, os militares portugueses renderam-se, contra a vontade de Salazar que pretendia que resistissem até à morte. Viveram a seguir um calvário de mais de quatro meses em campos de concentração, abandonados e proscritos pelo regime.
Entre estes militares havia vários vizelenses. Reunimos alguns para nos contarem as suas experiências e assim preservarmos a memória deste importante episódio da nossa história recente".

                                                                                                www.online24.pt

Apesar de estar a ser difícil dar pela sua presença, o Verão de 2013 começou hoje. Mais precisamente, esta madrugada, às 05:04. Mas, depois de darmos uma espreitadela na página do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, ficámos mais animados. Parece que vem aí muito calor e que, finalmente, vamos sentir este Verão que teimava em não chegar. Aproveitem então o fim de semana para usufruir dele! E....


                                                                                                    www.ccvalg.pt
...já que estamos a falar de astros, não se esqueçam que no Domingo à noite vamos ter uma "Super-Lua". Isto acontece quando a Lua chega ao seu ponto mais próximo da Terra. E, como não está prevista chuva, vai ser perfeitamente visível! Bom fim de semana!!!

Um livro por dia...

                                                                                     vagueandopelasruas.blogspot.com


É um facto: a oferta de estilos hoje em dia é mais do que muita, as tendências entram-nos pela porta dentro e surgem a um ritmo alucinante.
Parece quase impossível acompanhar a corrente do fast-fashion e mais ainda conseguir editar toda a informação que recebemos. Vemos looks fantásticos, estilos deslumbrantes, opções divertidas e queremos - claro! - incorporá-los imediatamente nesse templo sagrado que é o nosso guarda-roupa Por não conseguirmos resistir a um design de cortar a respiração ou a um estilo que garantidamente fará ecoar muitos "Uau!'s" à nossa passagem, acabamos por consumir desenfreadamente um sem-fim de looks descartáveis, a uma velocidade, muitas vezes, superior à do crescimento da nossa conta bancária..
Quando já não sabemos onde guardar tanta roupa que se acumula por todos os cantos das nossas casas, chega o verdadeiro desafio: o que vestir todos os dias de manhã? Como encontrar no meio de tanta roupa, peças práticas, confortáveis e elegantes que possam acompanhar-nos durante um dia inteiro que pode, em 24 horas, passar por cenários de trabalho, de família, de amigos, de lazer, de crianças, de tarefas domésticas?
Tanta Roupa e Nada para Vestir
Maria Guedes 

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Um livro por dia...

                                                                                    contraculturaaplicada.blogspot.com
    
   Em 1998, EU AINDA MORAVA EM COIMBRA. Comprava pão na padaria que ficava ao fundo da rua, comprava o jornal num quiosque, debaixo de uma arcada, onde o dono estava sempre a falar de motas. Agora, recordo-me desses anos como uma espécie de séria antiga, o Dallas, a Dinastia, com a diferença grande de o Bobby, o J.R. ou a Sue Ellen serem pessoas que existem, que têm a sua própria memória. Num ano, a vida pode mudar radicalmente. Em dez anos, a vida pode transformar-se noutra vida. No entanto, a árvores crescem indiferentes, continuam no Jardim da Sereia, a respirar sobre a Praça da República. Entretanto, a minha sobrinha, criança que nasceu numa noite de sexta-feira, tem 22 anos e termina o curso em Coimbra, numa cidade que, de certeza, é bastante diferente daquela em que vivi durante dois anos. Entretanto, o meu filho, nascido na Maternidade Daniel de Matos em 1997, tem crescido, cruzando-se com as minhas memórias, mas sem as reconhecer.
   O meu filho mais pequeno, nascido em Cascais em 2004, quer sempre ir comigo buscar o mano. Primeiro, existem duzentos quilómetros em que vamos sozinhos. Temos conversas longas sobre gormitis ou skates de dedos. Pode também pedir-me para pôr um CD de música assustadora, que é como ele chama ao heavy metal. Entre os seus preferidos, encontram-se os primeiros discos de Obituary.
Abraço
José Luís Peixoto 

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Um livro por dia...

                                                                                      palavras-impressas.blogspot.com


   Na altura eu trabalhava como redactor cultural de um diário de quinta categoria. A secção a meu cargo guiava-se pela concepção de arte do director que, orgulhosos das suas amizades no ambiente, me obrigava a incorrer nos crimes de entrevistas a vedetas de companhias frívolas, resenhas de livros escritos por ex-detectives, notas a circos ambulantes ou louvores desmedidos ao hit da semana que pudesse engenhar o filho de qualquer vizinho.
   Nos gabinetes húmidos dessa redacção agonizavam todas as minhas ilusões de ser escritor. Ficava até de madrugada a começar novos romances que deixava a meio do caminho desiludido com o meu talento e a minha preguiça. Outros escritores da minha idade obtinham considerável sucesso no país e até prémios no estrangeiro: o da Casa das Américas, o da Biblioteca Breve Seix-Barral, o da Sudamericana  e Primeira Plana. A inveja, mais que um incentivo para acabar alguma vez uma obra, funcionava em mim como um duche frio.
   Pelos dias em que cronologicamente começo esta história - que tal como os hipotéticos leitores notarão arranca entusiasta e termina sob o efeito de uma profunda depressão - o director reparou que a minha passagem pela boémia tinha aperfeiçoado perigosamente a minha palidez e decidiu encomendar-me um serviço à beira-mar, que me consentisse uma semana de sol, vento salino, marisco e peixe fresco, e de caminho importantes contactos para o meu futuro.
O Carteiro de Pablo Neruda
Antonio Skármeta

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Livros da nossa biblioteca

                                                                                               canelaehortela.com   
   A minha avó era chamada de Mahdokht - Filha da Lua.
   Na nossa aldeia não havia ninguém como a minha avó; era olhada como uma estrangeira, se bem que tivesse sido levada para Susmâr Khord como noiva do pai do meu pai. Não era uma tajique; nem sequer era desta região. Era, assim dizia, uma circassiana, nascida num país de montanhas - as montanhas do Cáucaso que se elevavam entre os mares Negro e Cáspio. Foi muito formosa na sua juventude, com uma cútis clara e um cabelo castanho basto e lustroso, com madeixas cintilantes da cor do mel.
   A minha avó contou-me as histórias da sua vida passada noutros lugares, histórias relatadas com grande pormenor, que me pareceram ser verdadeiras e bastante lúcidas, muito embora ela já não estivesse capaz de se lembrar da estação do ano em que se encontrava, o que comera à sua última refeição, nem dos nomes de muitas pessoas da nossa aldeia. Quando me narrava as histórias do seu passado, o rosto dela adquiria uma expressão de serenidade, que espelhava um estado em que simultaneamente se encontrava acordada e a sonhar.
A Rosa do Deserto
Linda Holeman

sábado, 15 de junho de 2013

7º e 8º ano acabam o ano letivo em beleza!

Foi a última atividade deste ano letivo para os alunos dos 7º e 8º anos. Passaram  todo o dia 15 de junho no Parque Aquático de Amarante, num passeio promovido pelas professoras de E.M.R.C. O tempo esteve espetacular e todos os minutos foram aproveitados para se divertirem nas piscinas e nos escorregas. No final da jornada estavam "rotos"... a perguntar às professoras se podem contar com mais para o ano!

Boas férias!



sexta-feira, 14 de junho de 2013

Esta é a nossa escola...


   Último dia de aulas!!! Mmmm...não é bem assim. O último dia foi ontem. Hoje é dia da nossa Festa de Final de Ano letivo 2012/2013. Uma festa que nos irá mostrar um pouco daquilo que aqui se foi fazendo ao longo deste ano. Mas antes de irmos para a festa, vou-vos falar um pouco deste ano letivo que acabou, mas também, da Escola Básica Caldas de Vizela.
   Foi um pouco complicado o início do ano. Passamos a mega-agrupamento. Foi preciso fazer muitos reajustes e muitas das vezes meio "em cima do arame". Mas tudo foi fluindo de modo natural. 
   E mais uma vez iniciamos o ano letivo, com a promessa de que as obras da escola nova iam começar. Mas já sabemos como são essas promessas... Se o começo das obras dependesse da vontade dos professores, funcionários e alunos já a tinhamos. Mas como não dependem... Habituamo-nos a ir adiando as expectativas. O material que já tinha sido arrumado para ser mudado para os contentores, lá teve que voltar a sair dos caixotes e ir de novo para as velhas salas de aula. Mas na 4ª feira, tivemos a confirmação OFICIAL do início das obras e, desta vez, é a valer! Vamos mesmo ter uma escola nova. E bem merecemos! Nem sempre é fácil gerir o trabalho numa escola que já tem muitos anos. Isto porque, as condições físicas já um pouco deterioradas, nem sempre ajudam. Mas vai-se gerindo, vai-se cá estando e vamo-nos adaptando. De tal forma que, este ano, e porque a sua escola entrou em obras, acolhemos os pequenitos da Escola Básica dos Enxertos durante todo o ano letivo. Para que isso fosse possível, foi necessário fazer umas obras e, o espaço que dantes era a Sala dos Alunos, foi transformado em várias salinhas para os nossos convidados. Foi uma alegria tê-los cá! E a biblioteca da escola passou a funcionar, um pouco, como a sala dos alunos. Às vezes tornava-se um bocado confusa, a nossa biblioteca. Sobretudo em dias de chuva. Àquelas regras que habitualmente há que respeitar (não fazer barulho, não correr...), tivemos que fechar um pouco os olhos. Mas tudo correu sem grandes percalços. Afinal, nós os seres humanos, temos uma grande capacidade de adaptação. E por falar em seres humanos... Grande parte dos professores que aqui lecionam não vive em Vizela. Vivem em Braga, Guimarães, Póvoa do Varzim, Póvoa do Lanhoso, Vila das Aves, Porto... E todos os dias fazem alguns quilómetros para virem trabalhar. Mas, mesmo assim, quando chega a altura dos concursos, escolhem não concorrer e ficar por aqui...
   Conhecem os nossos clubes? Temos alguns... O Clube da História, o Clube do Ténis de Mesa, o Clube das Atividades Culturais, Rítmicas e Expressivas, o Clube das Artes... Mas sendo atividades não-letivas, não podem ser incorporadas no horário do aluno. Assim, é usual termos cá gente, professores, a trabalhar à 4ª feira à tarde (sempre que não há reuniões), com os alunos inscritos nos diversos clubes. E desses momentos nascem os saraus, os torneios e as exposições.
   Também somos uma Eco-Escola. Temos bandeira e tudo! E, este ano, concorremos novamente ao Projeto Parlamento dos Jovens. Não chegámos à final mas, os nossos jovens deputados representaram-nos muito bem na Sessão Distrital em Braga.
   Neste preciso momento, enquanto escrevo este texto, decorre na biblioteca uma sessão de esclarecimento acerca do que é ser um "Rotary Kid". Isto porque o 4ºF da Escola Básica dos Enxertos, foi convidado a fazer parte deste grupo. Receberam as visitas com uma canção e cantam que é uma maravilha!
   Daqui, de onde estou sentada a escrever, oiço instrumentos a tocar, gente a cantar e aulas a decorrer. É um dia normal aqui na escola. Um dia de trabalho. Mmmm.... Não é bem um dia normal porque os professores estão em greve e as reuniões de avaliação não se estão a realizar. Mas parece, em tudo, um dia normal.
   Vamos ter uma escola nova. Bem precisamos! Alguns irão partir, mas provavelmente, as pessoas que aqui estão já há alguns anos, vão ser as mesmas. Aprendemos a conhecer-nos e, alguns de nós, fizeram  amizades para a vida. Aprendemos também a conhecer a Direção desta escola e a Direção a conhecer-nos a nós. Cada novo professor que aqui foi chegando, foi acolhido de forma carinhosa. Àqueles que já cá andam há uns anos, já nos conhecem bem. Já "reconhecem" em nós os dias mais difíceis... E, há sempre umas palavras reconfortantes, um abraço amigo ou um olhar cúmplice que diz: "Estás bem?... Se precisares de alguma coisa, estamos aqui".
   É assim a nossa escola. É velhinha (para já!) mas é um privilégio fazer parte dela! E este nosso i-poraqui? vai registando o seu "pulsar" dia após dia.

                                                                 Um dia, aqui na escola...