sexta-feira, 28 de junho de 2013

Um livro por dia...

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   O helicópetro da Cruz Vermelha aterrou à hora prevista.
   Empoleirada num elevado planalto cercado de florestas, a aldeia era constituída por uma centena de habitações rudimentares, na sua maioria feitos de troncos e ramos. O local parecia perdido, intemporal, longe das zonas turísticas de Angkor ou de Phnom Pen. O ar estava saturado de humidade e a lama cobria tudo.
   O piloto considerou que não valeria a pena desligar o motor. A sua missão: transportar de volta à cidade uma equipa médica humanitária. Nada de muito complicado em circunstâncias normais. Infelizmente, estava-se em setembro e as chuvas torrenciais que caíam incessantemente dificultavam o controlo do aparelho. Quanto ao combustível, as reservas eram limitadas, mas mesmo assim suficientes para que toda a gente chegasse a bom porto.
   Desde que não houvesse contratempos...
   Dois cirurgiões, um anestesista e duas enfermeiras saíram a correr do hospital de campanha no qual trabalhavam desde a véspera. Durante as últimas semanas, tinham percorrido as aldeias das redondezsz, tratando como podiam os surtos de paludismo, de sida ou de tuberculose, cuidando dos amputados e fornecendo-lhe próteses, neste canto do país ainda semeado de minas antipessoais.
Estarás aí?
Guillaume Musso  



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