quarta-feira, 24 de abril de 2013

"Maus tratos"

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            Gritos desesperados entram no corpo e ficam a doer, magoando a alma e o corpo por fora. Se há paz porquê que nem todos temos direito de usufruir dela? Era este o pensamento de Mónica, que infelizmente, e sem culpa nenhuma teve de passar por uma sucessão interminável de ferimentos psicológicos e físicos deixando marcas exteriores que qualquer um conseguia ver, mas ninguém sabia sequer o que se passava, e nem se davam ao trabalho de conversar com ela como os verdadeiros amigos deveriam fazer.
O medo de pôr os pés em casa crescia cada vez mais, o receio de que a mãe continuasse a castigá-la sem motivo aparente, apenas porque lhe apetecia e se sentir bem vendo alguém sofrer às suas mãos. O pai também não era brando com ela, e nem sequer a protegia da fúria da mãe, chegando  inferiorizar a sua filha, abusando sexualmente dela.
Em casa a sua vida era um verdadeiro pesadelo, feito de gritos, gemidos e choros intermináveis.
A dor que ela sentia era demasiada para uma pessoa só aguentar e encarar a vida com um sorriso.
A casa era o sítio que ela mais temia, embora nunca conseguisse escapar à dor, e estar em paz para consigo própria.
A ideia de que "ela não valia nada" reinava cada vez mais em seu pensamento.
A palavra "denuncia" atormentava-a, mas tornava-se cada vez mais na única saída possível.
    
 Tiago Pacheco  8/A
 João Nuno  8/A



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