Violência nunca é solução
Para quem na infância recebeu agressão
Batia-me p'ra ir p'ra a cama cedo
Provocava em mim toda a extensão do medo.
Com muita luta sentia o pavor
O meu corpo era abandonado à dor.
Olho pela janela vejo nevoeiro
Comecei a morrer em Janeiro.
Estas pessoas só merecem carcaças
Provacaram em mim terrorismo e ameaças.
Gestos e palavras embrulhados no medo
Parecia que tinha por cima de mim um grande penedo.
Sons de pânico ardem-me nos olhos sofria agressões aos
molhos
Parecia uma cavalo dava-me um açoite
Metia-me medo à
noite.
Imagens de sangue uivava, gemia, gritava
Parecia que o meu coração parava.
Tantas vezes que senti a sua palma
Fiquei com um grande trauma.
O meu corpo estava nas reservas
Falava para mim com a boca cheia de pedras.
Entrou dentro da minha cabeça e do meu pensamento
Sofria em terreno cinzento.
Desejar que o corpo seja terra
Caminhar receoso pelos cantos
A minha vida é coberta cheia de mantos...
Claúdio Pedrosa
Paulo Ribeiro
Bruno Miranda
8ºA
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