Sozinho
na noite
um
barco ruma para onde vai.
Uma
luz no escuro brilha a direito
ofusca
as demais.
E
mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram
prendê-lo impor-lhe uma fé...
Mas,
vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai
quem já nada teme, vai o homem do leme...
E
uma vontade de rir, nasce do fundo do ser.
E
uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a
vida é sempre a perder...
No
fundo do mar
jazem
os outros, os que lá ficaram.
Em
dias cinzentos
descanso
eterno lá encontraram.
E
mais que uma onda, mais que uma maré...
Tentaram
prendê-lo, impor-lhe uma fé...
Mas,
vogando à vontade, rompendo a saudade,
vai
quem já nada teme, vai o homem do leme...
E
uma vontade de rir, nasce do fundo do ser.
E
uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a
vida é sempre a perder...
No
fundo horizonte
sopra
o murmúrio para onde vai.
No
fundo do tempo
foge
o futuro, é tarde demais...
E
uma vontade de rir nasce do fundo do ser.
E
uma vontade de ir, correr o mundo e partir,
a
vida é sempre a perder...
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