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Era meu dia de anos e decidi que já bastava de semanas de mosquitos e aguaceiros, de muralhas de selva sempre iguais e arroz com feijão ao pequeno-almoço, almoço, jantar. Desci da balsa em Letícia, uma pequena cidade isolada no coração da Amazónia colombiana, cuja prosperidade deixa muitas questões no ar; guardei a minha prancha numa pensão que me pareceu de confiança e apanhei um voo doméstico para Bogotá. Ofereci-me para o meu dia de anos um fim-de-semana de conforto cosmopolita na capital da Colômbia.
Foi lá que li a descrição que dá o título e este livro. Na altura apenas achei que era demasiado bonita para ser esquecida, e apontei-a num papel. Encontrava-se à entrada do Museu do Ouro, um dos recipientes mais importantes do pouco que foi possível salvar das culturas pré-colombianas.
Quando surgiu a possibilidade deste livro houve várias sugestões para o título. Acabei por optar por esta, pelo duplo significado que tem para mim.
No Princípio Estava o Mar
de Gonçalo Cadilhe
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