Cheguei a esta escola em Setembro
de 1999. Tinha sido mãe do meu filho mais novo há 6 meses. Agora ele está quase
a fazer 14 anos. Já lá vão uns anitos… A escola pouco mudou. Foi apenas ficando
mais velha e um pouco mais gasta. Habituei-me a ver chegar, todos os anos,
caras novas que, com o tempo, se foram tornando familiares e amigas. Também vi
partir algumas para outras paragens. Desde o meu primeiro dia que estas árvores
cá estão. Habituei-me a ter a sua companhia. Já as vi frondosas, cobertas de
folhas verdes; já as vi despidas e cobertas de neve. Uma vez podaram-nas tanto
que houve quem dissesse que não sobreviviam. Mas elas cá estão. Fortes e
firmes. Mais uma vez com as folhas a mudar de cor e a cair. Dizem que as obras
da escola nova vão começar em breve. É bem preciso. A escola está velha e
gasta. Dizem também que estas árvores vão abaixo. É uma pena... Será que não há espaço para elas na nossa nova escola? É que, por todas as razões, elas vão fazer falta...
Custos da modernidade... Partilho a angústia, mas é o preço a pagar por um bem maior.
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