"Lamento muito, mas muito, ter-vos deixado assim em suspenso, mas enquanto escrevia a história dos órfãos Baudelaire, calhou olhar para o relógio e percebi que estava atrasado para um jantar de cerimónia, em casa duma amiga minha, a madame diLustro. A madame diLustro é uma boa amiga, excelente detective e óptima cozinheira, mas enfurece-se quando alguém chega cinco minutos depois da hora indicada no convite. Já perceberam portanto, por que motivo tive de sair a correr. Devem ter pensado, no final do últimno capítulo, que a Sunny tinha morrido e que isso era um horror para os órfãos Baudelaire, agora a morar em casa do tio Monty. Mas juro-vos que a Sunny sobrevive a este episódio. Quem infelizmente vai morrer é o tio Monty, mas não já.
Quando as presas da víbora-incrivelmente-mortífera se cravaram no queixo da Sunny, a Violte e o Klaus viram, horrorizados, os olhinhos da Sunny fecharem-se e o rosto imobilizar-se. Mas logo a seguir, tão rápida como a cobra, a Sunny sorriu toda contebte e mordeu a víbora-incrivelmante-mortífera, mesmo na ponta do seu focinho escamoso..."
em A Sala dos Répteis
de Lemony Snicket
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